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O reitor Paulo Cesar Montagner disse nesta segunda-feira (20), na abertura do 1º Fórum Unicamp de Mudanças Climáticas – As Ciências do Clima no Ano da COP30, que a Universidade tem o dever e as condições de liderar soluções inovadoras e transformadoras para os desafios do século XXI. 

“Em nossa gestão estabelecemos a sustentabilidade como um eixo que guia as nossas ações. É um compromisso que assumimos com o futuro da Universidade e do planeta”, afirmou o reitor na cerimônia que abriu o evento. 

O Fórum tem como objetivo identificar a extensão e a profundidade da agenda de pesquisas em mudanças climáticas e seus vários diferentes subtemas na Universidade, de modo a iniciar um mapeamento destas pesquisas na Universidade e ainda subsidiar a coordenação da comissão Unicamp para a COP30.

Com duração de dois dias, no auditório Zeferino Vaz, do Instituto de Economia, o evento contará com uma palestra-magna na abertura de cada dia do evento – a desta segunda foi do professor Carlos Joly. Terá, também, sessões temáticas sobre questões como bases físicas da mudança climática; florestas, oceano e biodiversidade; energia e tecnologia, além de justiça climática, movimentos sociais ou adaptação. Veja programação completa.

A cerimônia de abertura contou ainda com as participações de pró-reitora de Pesquisa, Ana Frattini e do coordenador do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), David Lapola. 

O reitor Paulo Cesar Montagner (à esquerda) e o diretor executivo de Sustentabilidade, Roberto Donato (à direita): objetivo do evento é identificar a extensão e a profundidade da agenda de pesquisas em mudanças climáticas
O reitor Paulo Cesar Montagner (à esquerda) e o diretor executivo de Sustentabilidade, Roberto Donato (à direita): objetivo do evento é identificar a extensão e a profundidade da agenda de pesquisas em mudanças climáticas

Compromisso da Universidade

Para Montagner, a qualidade das pesquisas desenvolvidas na Unicamp, revela o compromisso da Universidade com a sustentabilidade em diferentes dimensões: na extensão comprometida com territórios vulnerabilizados e na gestão institucional que busca eficiência e responsabilidade ambiental, diz. O reitor também chamou a atenção para os investimentos em infraestrutura na área do HIDS Unicamp – projeto que articula ciência, tecnologia, governança e compromisso socioambiental.

Montagner lembrou que a Unicamp tem aumentado sua participação em redes nacionais e internacionais de pesquisas e em eventos como a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP, especialmente desde a COP28, nos Emirados Árabes. Esse esforço, diz ele, culminou com a aprovação de um Pavilhão das Universidades na Zona Azul da COP30, em Belém, que contará com a participação de mais de 50 instituições nacionais e estrangeiras.

Juntamente à organização desse pavilhão, por meio de convênio, a Unicamp também está envolvida na curadoria acadêmica da “Estação do Desenvolvimento”, criada em Belém pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) a fim de se pensar sobre transportes e a transição energética.

Montagner conta ainda que a Universidade organizou uma comitiva de representação na COP30 composta por oito pessoas, entre docentes pesquisadores e representantes da gestão. Além deles, a Universidade irá apoiar financeiramente a participação no evento de mais quatro docentes ou pesquisadores e de dois alunos de pós-graduação que trabalhem com o tema da sustentabilidade.

O professor Carlos Joly e a coordenadora adjunta da Cocen, Marta Cristina Teixeira Duarte: mobilização
O professor Carlos Joly e a coordenadora adjunta da Cocen, Marta Cristina Teixeira Duarte: mobilização

Mobilização da comunidade científica

A coordenadora adjunta da Coordenadoria de Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa (Cocen), a professora Marta Cristina Teixeira Duarte, disse quea mudança climática é, fundamentalmente, um fenômeno que atravessa múltiplos domínios do conhecimento.

“Nesse sentido, a interdisciplinaridade é uma perspectiva fundamental para mobilizar a comunidade científica em torno do enfrentamento de situações críticas. Isso vale para temas como o enfraquecimento da democracia, o desenvolvimento ético das novas ferramentas de inteligência artificial, as crises migratórias resultantes de conflitos globais que se acirram e, evidentemente, as alterações do clima que tanto preocupam a comunidade científica e a sociedade civil, mas infelizmente ainda enfrentam muita resistência em esferas de poder governamentais”, afirmou.

O diretor executivo de Sustentabilidade, Roberto Donato, destacou que a sustentabilidade é um eixo estruturante da gestão que se reflete na iniciativa de criar uma diretoria de sustentabilidade, buscando implementar um novo modo de pensar a Universidade, em um contexto singular, no ano que a COP acontece no Brasil.

Segundo ele, o país volta a ter um protagonismo nas discussões sobre o enfrentamento da emergência climática e a universidade tem um papel fundamental neste contexto, como provedora de soluções e como um laboratório de soluções que podem ajudar na construção de políticas públicas efetivas.

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