A professora Gabriela Celani, coordenadora do projeto físico-espacial do HIDS, apresentou o projeto para membros da Embaixada da França no Brasil. O encontro virtual foi um pedido do próprio consulado francês a partir do interesse em estabelecer acordos de cooperação entre os dois países na área de inovação.
Participaram do encontro virtual, a adida para a ciência e tecnologia do Serviço de Cooperação para Ação Cultural do Consulado da França em São Paulo, Nadege Mezie, e Nacer Boubenna, adido em Ciência e Tecnologia da Embaixada da França, em Brasília. “Nos interessamos pelo projeto do HIDS pelo caráter de inovação ligada à sustentabilidade”, disse Mezie. Ainda segundo ela, eles também têm interesse no desenvolvimento de parcerias em áreas estratégicas como biotecnologia e saúde, justamente uma das áreas que pode dar origem a um laboratório vivo no HIDS.
O grupo de trabalho coordenado pela professora Gabriela, a componente físico-espacial, fez um extenso estudo de locais no mundo em que existem laboratórios de luz sincrotron, ao redor dos quais estão surgindo ou já surgiram hubs de inovação. Um deles é o Public Establishment of Paris-Saclay development (EPAPS), ou simplesmente Paris-Saclay, ao sul da cidade de Paris, região que também abriga o Soleil (Source optimisée de lumière d’énergie intermédiaire du LURE ou fonte de luz de energia intermediária otimizada LURE , que por sua vez significa Laboratoire pour l’utilisation du rayonnement électromagnétique). O Soleil realizou sua primeira aceleração de elétrons em 14 de maio de 2006. A instalação é membro associado da Universidade de Paris-Saclay .
De acordo com Celani, Paris-Saclay se destaca por ser um projeto de interesse nacional, com muitas similaridades com o HIDS, incluindo a existência de áreas com atividades rurais e urbanas e um patrimônio histórico e cultural. “É um projeto muito interessante porque é considerado estratégico para o país. Em seu planejamento há forte preocupação com a drenagem, uso de soluções baseadas na natureza, em criar roteiros turísticos ligados ao patrimônio histórico da área, uso misto, habitação de interesse social, complementados por um projeto estratégico de comunicação com a sociedade”, destacou Gabriela.
A aproximação com o Consulado francês deve resultar acordos para troca de informações sobre o projeto e visitas técnicas. Ficou previamente agendada uma visita dos adidos franceses às instalações da Unicamp, PUC-Campinas e Sirius em outubro. Como um projeto complexo e ousado, que tem como princípio básico, a sustentabilidade, é fundamental que o planejamento do HIDS tenha referencias nacionais e internacionais em termos de soluções sustentáveis.